ANÍSIO TEIXEIRA: EDUCAÇÃO NÃO É PRIVILÉGIO

                           

                                


Anísio Spínola Teixeira nasceu em Caetité na Bahia em 12 de julho de 1900 e foi um importante teórico da educação no Brasil. Ele nasceu em uma família rica e tradicional da Chapada Diamantina.

         O seu legado ideológico e educacional, influenciou a forma de pensar e fazer Educação no Brasil. Formou-se em Direito, fez pós-graduação nos Estados Unidos e lá estudou com o celebre educador John Dewey, onde foi influenciado pelas experiências americanas de educação. Nesse processo de formação, estudou com personalidades como Gilberto Freire e Monteiro Lobato e participou do Movimento da Escola Nova no Brasil.

Desde cedo ele teve acesso à cultura e a educação. Por isso acreditava que o progresso da sociedade estava no acesso à educação para toda população. Ele defendeu que aprender era um direito do cidadão e deveria ser exercido em escolas públicas de qualidade, em espaços que privilegiassem a arte, a leitura, a matemática prática e o desenvolvimento de habilidades em oficinas de diversas áreas.

Anísio Teixeira era um defensor do pragmatismo e das ideias progressistas. Ele compreendia que todos tinham o direito de aprender e o acesso ao conhecimento poderia transformar o indivíduo. Mas, isso só seria possível, se a educação fosse pública, democrática, laica e de qualidade. Ele entendia que o currículo escolar, devia ir muito além do que ensinar disciplinas formais com uma didática mecânica e condicionada. Para ele a educação deve estimular a consciência crítica, privilegiando a relação entre a teoria e prática. 

Anísio Teixeira foi um defensor da escola integral e nesses moldes de ensino criou a Escola Parque, situada em uma comunidade carente de Salvador. De acordo com o documentário Anísio Teixeira: Educação não é privilégio, os alunos que estudaram lá nos primeiros anos de sua fundação, afirmaram a importância que a escola teve em suas vidas.

Anísio Teixeira ocupou cargos importantes no Estado da Bahia e a nível Federal no Brasil. Mas, expor suas ideias, também o levou a ser acusado de comunismo. Ele foi perseguido por políticos, sofreu pressão da igreja católica por defender uma educação dissociada de dogmas religiosos, foi exilado e mesmo assim nunca deixou de lutar pelos seus ideais.  Seu legado é de extremo valor educacional que se perpetua, em cada escola pública aberta no Brasil até hoje.

 



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