A EDUCAÇÃO SUPERIOR EM TEMPOS DE PANDEMIA

 

OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR EM TEMPOS DE PANDEMIA

 

No final de 2019, o mundo foi surpreendido pelo surgimento do vírus COVID-19 na cidade de Wuhan na China tornando-se uma pandemia no Planeta Terra. Esse vírus mudou a forma de viver da população mundial nos amplos aspectos sociais, econômicos, científicos, culturais, psicológicos e educacionais dentre outros. Com um alto nível de transmissibilidade e a falta de conhecimento sobre a sua atuação no organismo, gerou um crítico cenário que favoreceu a contaminação das pessoas em muitos lugares do mundo, resultando em muito sofrimento e mortes.

A pandemia trouxe mudanças infra e superestruturais na sociedade, obrigando o ser humano a se adequar, a aprender e a se adaptar. Neste contexto surgiu a necessidade de um novo formato de ensino, que abrangeu desde a Educação Básica á Educação Superior. Foi imprescindível o uso das tecnologias, da internet, de novas metodologias e formas de avaliação no processo de ensino aprendizagem.

Sabe-se que a Educação Superior a Distância não é uma novidade, ela surgiu no Brasil nas décadas de 90. Mas se tratando de uma situação pandêmica não se constituiu como uma escolha do aluno estudar de forma remota, mas sim uma necessidade emergencial para que os sistemas de Educação não parassem.

Dentro dessa nova realidade, surgem grandes desafios que vão desde a falta de acesso a internet, as tecnologias mediadoras e a imprevisibilidade desses sistemas. Segundo os levantamentos realizados pelo IBGE no 4º trimestre de 2019, percebe-se que grande parte da população acessa a internet pelo celular e esse acesso também está atrelado ao poder aquisitivo das pessoas. Assistir aula em uma tela pequena pode influenciar na qualidade das informações disponibilizadas pelo professor.

 O ensino remoto levou muitos alunos e professores a ter que aprender a lidar com as tecnologias e utilizar as plataformas de ensino. Os professores tiveram que aprender a ministrar as aulas a distância, a disponibilizarem materiais de estudo e avaliar os alunos de forma remota. Muitas vezes esse formato de Educação não favorecem as trocas efetivas de conhecimento, participação e interação entre alunos e professores. Aspectos estruturais e emocionais também podem interferir nesse processo, como timidez, insegurança, medo do julgamento, vergonha de ligar a câmera e expor suas opiniões.

Percebe-se por parte dos professores um esforço para manter a turma concentrada por muito tempo. Já que em casa ou até mesmo no trabalho fica difícil assistir aula ou estudar. O barulho, as demandas dos filhos, as exigências profissionais e até mesmo as condições emocionais provocadas pela pandemia interferem na concentração e no estimulo em aprender. Mas existe aspectos favoráveis também nesse ensino remoto, que são as possibilidades de experimentar novas formas de interações por meio da tecnologia e de estudar sem está necessariamente no ambiente físico da universidade.

O que podemos concluir é que a educação independente da modalidade remota ou presencial ou do segmento que ela atua será sempre algo desafiador, pois educar é estar em movimento, se reinventar e construir novos saberes e habilidades no processo de ensino e aprendizagem.

 







 

REFERENCIA

https://horizontes.sbc.org.br/index.php/2020/06/ensino-remoto-na-educacao-superior/

http://www.encartnoticias.com/em-2019-brasil-tinha-quase-40-milhoes-de-pessoas-sem-acesso-a-internet-diz-ibge/

 

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